Pedra Sintética, Artificial, Reconstituída?
Uma gema natural, como o próprio nome diz, é aquela
encontrada na natureza e nesse grupo estão a maioria das gemas inorgânicas como
diamantes, rubis, esmeraldas, quartzos e uma infinidade de outras que podem ser
extraídas da natureza. São cortadas, lapidadas e polidas sem sofrer nenhum
outro processo que modifique suas propriedades. São as mais valiosas e
importantes. Também há gemas naturais orgânicas, como âmbar, pérolas e corais
entre outras, como já foi postado anteriormente neste blog.
Já as gemas sintéticas são produzidas em laboratório, cada
uma com um processo ligeiramente diferente, mas possuem uma gema natural
correspondente. Há esmeraldas sintéticas, safiras sintéticas, espinélio
sintético, opala sintetica, entre outros, todos com as mesmas características
físicas e químicas de seus correspondentes naturais, mas com apenas uma fração
de seu valor. Geralmente são utilizadas para uso industrial, mas também para a
confecção de jóias e bijuterias. São difíceis de diferenciar das gemas
naturais, sendo necessário a utilização de equipamentos apropriados, apesar de
geralmente apresentarem um brilho menor que as naturais.
Gemas artificiais são igualmente produzidas em laboratório,
mas estas não tem um correspondente natural, ao menos não um correspondente
conhecido. Um bom exemplo é a zircônia cúbica. Cada cristal quando sofre o
processo de cristalização o faz de maneira diferente, ou seja, a matriz
cristalina pode ser de vários tipos, com arranjos diferentes dos átomos, a zircônia se cristaliza na natureza no
formato monocíclico, mas ela também é criada em laboratório, só que seus átomos
tem um arranjo cúbico, ou seja é diferente do natural, sendo portanto chamada
propriamente de zircônia cúbica. Para quem não sabe, a zircônia, tanto a
natural quanto a artificial, são usadas como gemas, sendo que a zircônia cúbica
é a imitação mais perfeita do diamante já feita até hoje. Além do diamante, ela
também pode substituir outras gemas, como a ametista, dependendo apenas de sua
cor.
As gemas reconstituídas também são produzidas em laboratório,
mas difere das anteriores por ter gemas naturais em sua composição. Veja o
exemplo já bem conhecido e citado das turquesas. A maioria das turquesa
encontradas são muito porosas, sendo difícil sua lapidação e até polimento. As
de menor qualidade são então trituradas e acrescidas de uma cola o que faz com
que elas adquiram uma consistência maior para que possam ser trabalhadas. Há
outras gemas que podem ser reconstituídas como por exemplo âmbar reconstituído,
lápislázuli reconstituído, ametista reconstituída, ônix reconstituído como do
colar branco abaixo da loja deste blog.
Também há as gemas compostas, onde partes de gemas, não
importa se natural, sintética ou artificial, são unidas com cimento ou vidro.
São mais dificeis de encontrar.
Por que tudo isso? Transparência. Como viram, todas as
modalidades acima podem ser usadas como parte de adornos e a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) exige que essas informações sejam fornecidas,
mesmo que o valor da gema seja o mesmo.
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